terça-feira, 19 de julho de 2011

Zootecnia

Zootecnia
A Zootecnia é um ramo de conhecimento que surgiu na França em 1848, no Instituto de Versalhes. A Zootecnia chegou no Brasil em 1951, o primeiro curso universitário no país foi fundado em 1966, pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
O Zootecnista é responsável pelo estudo da reprodução , desenvolvimento genético e acompanhamento da nutrição dos animais. São administradores rurais em fazendas. Estudam maneiras de prevenir e combater doenças que venham comprometer a saúde de animais usados em atividades como a pecuária.
 Zootecnistas são profissionais responsáveis pelo estudo e controle da reprodução, aprimoramento genético e nutrição de animais criados com fins comerciais, que visam a aumentar a produção e melhorar a qualidade dos produtos de origem animal. Realizam experiências com alimentação e pesquisam formas de garantir as condições de higiene e de prevenir e combater doenças e parasitas, para melhorar a saúde dos rebanhos e a qualidade dos produtos derivados. Trabalham também como administradores rurais e planejadores de fazendas e instalações rurais.
 Ovos sem colesterol e carne de porco light são exemplos do que pode fazer a pesquisa genética em busca de alimentos mais saudáveis. O campo da ciência que se preocupa com aspectos com esse da produção animal é a zootecnia. Muitas vezes confundido com o veterinário, o zootecnista é, na verdade, o profissional voltado para o desenvolvimento da produção.
O bacharel em zootecnia tem como principal função  zelar pela criação de animais para abate, como bovinos, suínos, avestruzes e frangos, aplicando técnicas de criação, de aprimoramento e de melhoramentos genéticos, e manejo das raças para o consumo humano. Administra e planeja e economia rural de modo a organizar a criação de animais numa propriedade rural, com o objetivo de aumentar a produtividade, melhorando a qualidade e garantindo a sanidade dos rebanhos. Orienta o consumidor na compra e utilização de produtos, medicamentos e rações para rebanhos, em lojas especializadas. Formula e desenvolve suplementos alimentares, em indústrias de ração e vitaminas. Supervisiona a aplicação de vacinas e remédios.
Essencialmente ligada aos sistemas de produção, a Zootecnia está presente em todas as etapas que envolvem a criação de rebanhos para utilização na indústria alimentícia. Freqüentemente, a atividade do zootecnista é confundida com a do veterinário e mesmo com a do agrônomo, pois as três áreas disputam a mesma faixa de mercado. A diferença está no foco de cada profissional. O zootecnista é responsável por técnicas de aprimoramento genético, enquanto o veterinário se concentra mais na saúde dos animais. Já o agrônomo é um especialista no estudo dos rebanhos e na interação com o meio em que vivem. Na prática, essas atividades caminham juntas e se completam. Daí ser comum trabalhos em equipes que integrem os três profissionais.
Na raiz do trabalho do zootecnista está a busca pela eficiência produtiva. Nenhum outro profissional conhece tão bem técnicas de abate e de inseminação artificial quanto o zootecnista. Ele também atua na prevenção de doenças, cuida da nutrição e fiscaliza as condições sanitárias em que os animais são mantidos, até a fabricação de produtos de origem animal na indústria. Também é ao zootecnista que se costuma confiar a difícil tarefa de preservar espécies silvestres, selvagens ou nativas.
As oportunidades de trabalho estão em cooperativas de criadores, fazendas, empresas de agropecuária, frigoríficos, órgãos de pesquisa e consultoria, universidades e instituições de extensão rural. As indústrias de ração e os laboratórios de medicamentos e vitaminas contratam o zootecnista, especialmente se ele tiver conhecimentos em agribusiness e promoção de vendas. O crescimento do consumo do leite longa vida e seus derivados, produzidos principalmente por empresas multinacionais, aumenta as chances de trabalho. Crescem também as oportunidades na área de piscicultura, graças à multiplicação de empresas do tipo “pesque e pague”, que precisam de especialistas em produção. Numa escala menor, zoológicos buscam zootecnistas para cuidar do manejo e da nutrição dos animais e mesmo o turismo ecológico já começa a mostrar interesse por esse profissional. Boa parte dos recém-formados, filhos de agricultores, acaba trabalhando por conta própria, em empresas familiares. Na área de suinocultura, que conta com as novas tecnologias para aumento de produção e oferta de trabalho. Estão estagnadas as áreas de criação de rãs, cuja carne é pouco consumida, e de bicho-da-seda, pela falta de cultura do consumo do produto no país. A caprinocultura, ovinocultura e criação de animais silvestres tendem a crescer, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Apesar das frentes que se abrem em tantas áreas, a Zootecnia passa por momentos difíceis. “Não há políticas governamentais que incentivem a transferência de tecnologia para o setor produtivo”, diz Humberto Tonhati, chefe do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária da Unesp, em Jaboticabal, São Paulo. “Com isso, os pequenos agricultores são os mais prejudicados”, avalia.
 O crescimento da agropecuária é diretamente proporcional ao aquecimento da economia. Basta ver o que acontece com a avicultura: o aumento do consumo de carne de frango, de 8 quilos para 30 quilos per capita em um ano, provocou uma expansão no setor. “Se o país retomar o crescimento e oferecer empregos em todos os setores, aumentará o número de consumidores de produtos de origem animal, hoje restritos a apenas 30% da população”, diz Tonhati.

Órgãos públicos, cooperativas, aviários, associações de criadores, estações experimentais, instituições de pesquisas técnicas, indústrias de rações, estabelecimentos comerciais e de ensino, frigoríficos.
Ambiente de Trabalho

Zootecnistas podem trabalhar em fazendas, granjas, fábricas de ração, empresas de laticínios, laboratórios, órgãos governamentais, instituições de pesquisa e escolas. Como qualquer atividade que envolva animais, o trabalho implica algum risco físico. Mordidas, chifradas, coices e bicadas não são incomuns na profissão. Com freqüência é preciso o uso de força para mover ou controlar animais. As tarefas do zootecnista podem ser desenvolvidas tanto em ambientes fechados e confortáveis — laboratórios, salas de estudo e administração — quanto ao ar livre, sujeito a sol e chuva, ou nas instalações dos animais, desconfortáveis e com odores fortes. A jornada de trabalho depende do setor em que trabalha: nas indústrias, instituições de pesquisa e órgãos governamentais costuma ser de 40 horas semanais; em fazendas é irregular.

Futuro da Profissão
O mercado de trabalho para zootecnistas ainda é restrito. Muitas empresas do setor rural são desinformadas sobre as vantagens de contratar profissionais com essa formação. Além disso, esses profissionais sofrem a concorrência de veterinários em atividades exclusivas da zootecnia, porque a lei não estabelece esse limite. Até 2000, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, havia 6.750 zootecnistas registrados e cerca de 4800 profissionais atuantes em todo o país, sendo 52% deste total atuando na região Sudeste. Há oportunidades na indústria de rações e complementos alimentares, vendendo produtos, treinando equipes e descobrindo tendências de mercado, ou, ainda, em frigoríficos, fazendas e empresas avícolas; outra fonte de oferta de emprego é o mercado de carnes exóticas, que se desenvolve principalmente na região Centro-Oeste. Há mercado também em cooperativas de criadores, laboratórios, empresas de consultoria, indústrias de abate, instituições de pesquisa, nutrição e saúde animal, instituições de ensino e zoológicos. Existem boas oportunidades para o especialista em administração e economia rural, que trabalha para aumentar e aperfeiçoar a produtividade do rebanho, além da área de melhoramento genético, que visa desenvolver novas técnicas para a melhoria das raças.
Fontes: http://www.zootecniabrasil.com.br/sistema/


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